Thursday, November 02, 2006

"Outro conforto para o soldado, outro flirt autorizado durante a Primeira Guerra Mundial, é o do soldado e da madrinha de guerra.
As madrinhas de guerra são uma "instituição encantadora", reconhecia o mui conservador Maurice Barrès. São jovens, senhoras, avós, recrutadas por organizações ou por meio de pequenos anúncios, e encarregadas de manter o moral das tropas. Particularmente o dos soldados isolados celibatários, órfãos ou nativos das zonas invadidas. A madrinha de guerra oferece a esses combatentes apoio moral e material, envia-lhes cartas e palavras de conforto. "Em nome da caridade patriótica", observa a historiadora Françoise Thébaud, "é permitido a meninas de bem escrever a homens desconhecidos".

'[...] Se estiver de passagem em Paris entre meados de Abril e Maio, diga-me, minha querida Jane, e, se me for possível conhecê-la, terei nisso o maior prazer. Nessa altura exigir-lhe-ei... não moralmente, mas materialmente, os beijos que me enviou nas cartas e os dos diferentes perdões, pedidos e concedidos'."

Fabienne Casta Rosaz, A História do Flirt

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